O Texto "Pai" Na APAE De Andradina Em 1985


Trecho do livro de memórias O CASO DO TIPÓGRAFO de Emílio Figueira:

"O ano de 1985 tiveram muitos acontecimentos. Para para voltar às terapias, fui admitido como aluno na APAE de Andradina duas vezes por semana. Em Guaraçaí tinha uma perua municipal que reunia os alunos especiais e nos levava àquela cidade vizinha no período da tarde. Lá eu fazia fisioterapia, fonoterapia e terapia ocupacional. Como não tinha necessidades pedagógicas especiais, depois permanecia o resto da tarde sentado sozinho no salão de festa lendo livros retirados da Biblioteca Municipal e esperando a hora da perua voltar para minha cidade. 

"Foi em um desses momentos que percebi o pessoal da APAE preparando a festa dos dias dos pais e eu gostaria de participar daquela ocasião. Em casa escrevi um texto fictício de uma pessoa especial agradecendo ao seu pai. Levei para o pessoal ler e decidiram apresentá-lo durante a festa. O salão estava lotado de alunos e familiares, e eu sentado ao fundo. Quando uma professora começou a lê-lo, de repente, todos estavam chorando comovidos. Tamanho foi o meu susto perguntando a mim mesmo: “O que foi que eu fiz?”  

Esse texto com o título “PAI” foi publicado em um jornal regional, comentado com elogios por toda a parte, a própria APAE o publicou em forma de folheto. Na época eu fazia tratamento dentário em um centro especial da UNESP de Araçatuba, onde esse texto foi reproduzido e distribuído na “Primeira Jornada Odontológica Brasileira de Estudo Sobre Pacientes Especiais”. 

Um ano depois, esse texto foi publicado no meu primeiro livro com “Noites Guaraçaienses” com o título “Lembranças de um passado...”. Hoje, na minha atual concepção, acho-o tão piegas e melodramático!"

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