O Jornal Imaginário Utópico “Correio Guaraçaiense”

Minuta do Registro Civill do Jornal

Um dos grandes sonhos de adolescência de Emílio Figueira era ter o seu próprio jornal. Assim surgiu o “Correio Guaraçaiense” em 1988, um projeto que quase ninguém soube. Em outubro, ele concluiria a redação completa da Proposta/Projeto do mesmo e, mais uma vez, o Maurício Rogério e o Helton estavam envolvidos nas suas loucuras. 

O esboço era realmente completo, citando inclusive a Lei de Imprensa e outros documentos. Na primeira parte traçou detalhes de página por página; na primeira, todos os paginados e manchetes; na segunda o expediente, editoriais, notas e assuntos curtos; na terceira notas policiais, espaço do leitor, canais com autoridade, política; na quarta, matérias agrícolas; a quinta seria toda dedicada à cidade vizinha, Murutinga do Sul; a sexta com cultura e educação; a sétima com medicina e classificados e a oitava inteira com esportes. O jornal seria semanal e do tamanho tabloide. 





A segunda parte do projeto descrevia a organização jornalística do periódico com ricos detalhes de toda a diretoria, redação, arquivo e biblioteca, departamento de contabilidade (publicidade, assinaturas e classificados), editor-chefe, editorialista, editoriais locais, repórteres e equipes, departamento de imagem (desenho e fotografia), expediente, relações públicas e comunicações, departamento de edição (copy-desk e revisão), secretário de redação, departamento de arte final (diagramação e paginação), departamento gráfico (composição e impressão) e departamento de circulação (correio, entregadores e bancas de jornais). 





Uma terceira parte do projeto falava de três pontos considerados fundamentais: a parte financeira, as promoções que o jornal iria empreender e a parte de impressão que seria enviada para uma gráfica de terceiro. 




A esse respeito, Emílio Figueira chegou a enviar uma correspondência detalhada do projeto ao senhor Isael Soares Fernandes, fundador-proprietário do “Jornal da Região” de Andradina, perguntando-lhe sobre a possibilidade de ele imprimir o seu jornal em sua oficina. Dias depois ele o responderia cumprimentando pela iniciativa, mas dizendo que sua rotativa era muito grande para um projeto pequeno como o meu e lhe aconselhou a procurar uma tipografia. 



Enquanto isso, Maurício Rogério, Helton, sob suas explicações, desenharam o esboço da diagramação do jornal. Começaram a montar um “boneco” datilografando textos em tiras (colunas), recortando figuras, anúncios e outras artes e colando tudo em cartolina no tamanho tabloide. Redigiram a minuta do registro civil que inicialmente se chamaria “Jornal Jovem”, até que decidiram por “Correio Guaraçaiense”. 

Na época alguns amigos meus fundaram um conjunto musical chamado Guarasom. Emílio propos a eles   realização de um baile e a divisão em partes iguais dos lucros. A parte dele seria usada na criação do jornal. Fizemos um contrato. Conseguiram o Centro Comunitário da Vila Operária. A Prefeitura e o escritório de contabilidade concederam o alvará para o baile sem cobrança de taxa. 


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